Publicado em 31/05/2017
Mortes vinculadas a Alzheimer aumentaram 55% em 15 anos nos EUA
Envelhecimento da população e aumento de diagnósticos são possíveis fatores para o aumento.
Casal de idosos.
O número de mortes provocadas pelo mal de Alzheimer aumentou
55% entre 1999 e 2014 nos Estados Unidos, segundo as últimas estatísticas dos
Centros de Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC) publicadas na
quinta-feira (26).
Várias fatores poderiam explicar este aumento: o
envelhecimento da população, o aumento do número de pessoas que têm o
diagnóstico em um momento inicial da doença e o fato de que um número maior de
médicos indicarem o Alzheimer como causa de morte nos certificados de óbitos.
Os autores do relatório do CDC reportam também a diminuição
da mortalidade de pessoas maiores por outras doenças, como infarto de miocárdio
e acidente vascular cerebral.
A taxa de mortalidade atribuída ao Alzheimer aumentou de
16,5 por cada 100 mil pessoas em 1999 a 25,4 em 2014, o que representa um
aumento de 55%.
A maioria dos falecimentos por essa doença cerebral
degenerativa que não tem cura acontece em casas de repouso ou em instituições
que oferecem cuidados de longo prazo, embora essa tendência tenha diminuído (de
68% em 1999 a 54% em 2014).
Um número crescente de pessoas morreu por Alzheimer em casa
durante esse período. Essa taxa subiu de 14% em 1999 para 25% em 2014. Isso
significa que mais pacientes com Alzheimer são cuidados em casa por membros de
sua família.
"Milhões de americanos e suas famílias se veem
profundamente afetadas pelo mal de Alzheimer", afirma a médica Anne
Schuchat, diretora do CDC.
"Com o avanço do Alzheimer na população de idade
avançada, os cuidados domiciliares se tornam muito importantes",
ressaltaram os autores do estudo.
O Alzheimer é a sexta causa de morte nos Estados Unidos,
representando em 3,6% do total em 2014; e a quinta nos americanos com mais de
65 anos.
A idade é o principal fator de risco para a doença. A grande
maioria dos pacientes tem mais de 65 anos.