Publicado em 09/06/2017
Zika afeta 5% de bebês de grávidas infectadas, diz centro dos EUA
Centros de Controle e Prevenção de Doenças anunciaram primeiro relatório sobre como o vírus afetou territórios americanos.
Mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da zika, em laboratório dos Estados Unidos.
O primeiro relatório sobre como o vírus da zika afetou
territórios dos Estados Unidos mostrou que 5% das mulheres com infecções
confirmadas tiveram filhos com malformações, informam autoridades de saúde dos
EUA nesta quinta-feira (8).
O documento dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças
dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) é o primeiro a incluir números
oficiais de Porto Rico, que declarou nesta segunda-feira (5) o fim da epidemia
de zika, com base em dados que mostram a queda no número de novos casos.
Os CDC reiteraram nesta quinta a recomendação para que
mulheres grávidas não viagem a Porto Rico, lembrando que a zika continua
representando um risco para grávidas de lá e em qualquer outro lugar onde o
vírus esteja ativo.
"O vírus da zika representa uma ameaça séria para
mulheres grávidas e para seus bebês, independentemente de quando a infecção
acontece durante a gravidez”, disse a diretora interina do centro, Anne
Schuchat.
“Mulheres nos territórios dos Estados Unidos e em outros
lugares que tiveram exposição contínua aos mosquitos carregando o vírus da zika
estão em risco de infeccção. Nós precisamos continuar vigilantes e
comprometidas em prevenir novas infecções pela zika”, afirmou.
Além de Porto Rico, o relatório incluiu dados sobre 1.508
mulheres grávidas infectadas pelo vírus da zika na Samoa Americana, nos Estados
Federados da Micronésia, na República das Ilhas Marshall e nas Ilhas Virgens
Americanas, do dia 1º de janeiro de 2016 até o dia 25 de abril deste ano.
Dessas mulheres, mais de 120, ou aproximadamente 5%, tiveram
filhos com malformações relacionadas à zika, informou o centro em seu relato
semanal sobre mortalidade e morbidez.
Entre as mulheres que foram infectadas durante o primeiro
trimestre da gravidez, 8% tiveram filhos com problemas associados à zika.
Comparado com 15% em um estudo anterior sobre deficiências ao nascimento entre
mulheres de Estados dos EUA e de Washington, que foram infectadas, na maior
parte dos casos, durante viagens para países afetados pela zika.
Aproximadamente 5% das mulheres infectadas durante o segundo trimestre e cerca de 4% das infectadas no terceiro trimestre tiveram filhos com deficiências relacionadas à zika, mostrando que o vírus continua perigoso ao longo da gravidez.