Publicado em 13/07/2017

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Sentença de Lula é a primeira de 5 ações

Além da condenação em primeiro grau que sofreu nesta quarta-feira, 12, ex-presidente ainda enfrenta outras quatro ações penais, mais a acusação do sítio de Atibaia e investigações com base nas delações da Odebrecht e da JBS.



Lula.

Condenado a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro de R$ 2,25 milhões no caso triplex, o ex-presidente Lula ainda é réu em 4 ações penais – uma nas mãos do juiz federal Sérgio Moro e três sob análise de Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara do Distrito Federal -, e alvo de uma denúncia no âmbito da Lava Jato; requerimentos de investigação da Procuradoria-Geral da República com base em delações da Odebrecht e inquérito embasado na colaboração de executivos da JBS. Lula ainda é um dos investigados no ‘inquérito-mãe’ da Lava Jato, contra o suposto ‘quadrilhão’ de políticos nos esquemas da Petrobrás.




O TERRENO DO INSTITUTO



Além da ação do tríplex, que representou a primeira condenação por crime comum de um presidente na história do país, Lula é réu em ação penal em que é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por supostamente aceitar a compra, pela Odebrecht, de um terreno em São Paulo, onde seria sediado o Instituto Lula. Neste processo, Lula também é acusado de receber o imóvel vizinho ao apartamento do qual é dono em São Bernardo do Campo, por R$ 504 mil, da Odebrecht, e ocultar o patrimônio por meio de Glaucos da Costamarques, primo de seu amigo José Carlos Bumlai. Em delação premiada, o ex-presidente da construtora, Marcelo, confessou o repasse de R$ 4 milhões ao Instituto Lula e a soma de R$ 12,4 milhões supostamente investidos na compra do prédio do Instituto. Os colaboradores da empreiteira, como o patriarca, Emílio Odebrecht e o chefe do departamento de propinas, Hilberto Mascarenhas, prestaram depoimento a Moro e confirmaram que os valores saíram da conta ‘Amigo’, de R$ 128 milhões, em benefício do PT e do ex-presidente, e reafirmaram que os débitos eram administrados pelo ex-ministro Antônio Palocci.

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA


Caças Grippen.

O juiz federal da 10ª Vara de Brasília, Vallisney de Oliveira abriu ação contra Lula, em dezembro de 2016, pelo suposto recebimento de R$ 2,5 milhões de lobistas, no âmbito da Operação Zelotes.  Nesta ação, Lula responde por supostos tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa na compra de caças suecos. Outros dois acusados, os lobistas Mauro Marcodes e Cristina Mautoni, teriam atuado por meio de influência indevida na compra dos aviões. Eles teriam feito lobby para a empresa fabricante dos aviões, a Saab, junto ao governo brasileiro. O ex-presidente também é acusado de ‘vender’, já fora da presidência, entre 2013 e 2015, interferência no governo Dilma pela edição da Medida Provisória 627/2013, que concedeu benefícios fiscais à indústria automobilística.

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Luiz Vassallo, Julia Affonso, Ricardo Brandt e Fausto Macedo