Publicado em 28/07/2017
Com traição de republicanos, Senado rejeita nova tentativa de Trump de derrubar Obamacare
Três senadores republicanos se uniram aos 48 democratas e derrubaram proposta de revogar parcialmente a reforma da saúde feita por Barack Obama.
Presidente Donald Trump.
A última
alternativa da liderança republicana do Senado dos Estados Unidos de tentar
cumprir a promessa do presidente Donald Trump de derrubar o Obamacare, a
reforma de saúde de Barack Obama, fracassou na madrugada desta sexta-feira (28)
com a ajuda do voto de rejeição de três senadores conservadores.
O
republicano John McCain, diagnosticado com um câncer cerebral, e as
republicanas Susan Collins e Lisa Murkowski se uniram a todos os democratas
para derrubar a nova proposta, apelidada de "skinny bill" ou
"lei magra". A proposta recebeu 51 votos contra e 49 a favor, segundo
a Efe.
Após o
fracasso de dois projetos, a proposta derrotada na madrugada desta sexta ficou
conhecida como “lei magra” porque previa apenas a revogação parcial do Obamacare - a reforma de saúde
promulgada pelo então presidente Barack Obama, em 2010.
Desapontado,
Trump reagiu pelo Twitter à derrota do projeto que se tornou uma das promessas
principais da sua campanha eleitoral: "3 republicanos e 48 democratas
deixaram o povo americano para baixo. Como eu disse desde o início, deixe
ObamaCare implodir e depois lideremos com isso".
Votação
Horas antes
da votação, que começou pouco depois de 1h (horário local, 2h em Brasília),
Trump tinha encorajado no Twitter os republicanos a desenvolver o projeto após
"7 anos de espera".
Depois do
novo fracasso na votação, o líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell,
admitiu sua decepção e que é momento de "seguir em frente".
Assim, não
está claro se McConnell tentará submeter alguma outra proposta a voto antes do
recesso do Senado, já que, antes da rejeição da "lei magra", já
tinham fracassado outros dois projetos.
Depois da
derrota da "lei magra”, o líder dos democratas no Senado,
Chuck Schumer, encorajou os republicanos a "trabalhar lado a lado para
melhorar" a atual lei de saúde.
"Não
estamos comemorando, estamos aliviados", destacou Schumer ao lembrar que
as propostas republicanas ameaçavam deixar sem cobertura médica milhões de
pessoas.