Publicado em 21/09/2017

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Furacão Maria chega a Porto Rico após devastar Ilha de Dominica

Fenômeno tocou terra como categoria 4, com ventos de 250 km/h; cerca de 500 abrigos com capacidade para 67 mil pessoas foram abertos


Árvores derrubadas pela força dos ventos bloqueiam ruas em Fajardo, Porto Rico. Foto: Alvin Baez/Reuters


O olho do furacão Maria tocou terra nesta quarta-feira, 20, às 6h15 (7h15 em Brasília) na costa sudeste de Porto Rico e foi classificado como fenômeno de categoria 4, com ventos de 250 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês).


Os meteorologistas americanos indicaram em um boletim especial que Maria alcançou a região do município de Yabucoa, leste de Porto Rico, em cujo porto se registrou um aumento do nível do mar de 1,3 metros de altura.


Qualificado como “extremamente perigoso", Maria atingiu na noite de terça-feira as Ilhas Virgens, após ter devastado Dominica e deixado dois mortos e dois desaparecidos na ilha francesa de Guadalupe.   


Ao mesmo tempo, em Porto Rico, cerca de 3,5 milhões de habitantes corriam para comprar produtos de primeira necessidade e proteger suas casas e negócios. Foram abertos cerca de 500 abrigos com capacidade para 67 mil pessoas para enfrentar o furacão.


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Devastação

Em sua passagem por Dominica, o furacão devastador alcançou a categoria máxima, com ventos superiores a 257 km/h. Seus habitantes perderam "tudo o que o dinheiro pode comprar e substituir", afirmou o primeiro-ministro da ilha caribenha, Roosevelt Skerrit. No entanto, ainda não foram detectadas vítimas entre seus 70 mil habitantes, segundo ele.


Na ilha francesa de Guadalupe, duas pessoas morreram, uma vítima da queda de uma árvore e outra levada pelo mar. Outras duas pessoas continuam desaparecidas depois do naufrágio de um barco em frente à costa de Désirade, uma ilha dependente de Guadalupe.


Chuvas torrenciais atingiram a região e várias áreas ficaram sem eletricidade. "Tudo treme ao meu redor", contou à emissora BFMTV o ex-ministro francês de Ultramar Victorin Lurel, preso em sua casa no sul de Guadalupe, de onde descreveu "chuvas torrenciais, e claramente infernais, com um vento que não para há várias horas, (...) com relâmpagos em todas as partes".

estadao.com.br