Publicado em 21/11/2017

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Marinha da Argentina diz que ruído detectado no mar não é de submarino desaparecido

Segundo porta-voz, após análise, verificou-se que som captado no mar 'não corresponde a um submarino'. ARA San Juan está desaparecido desde quarta-feira da semana passada.


Submarino militar argentino ARA San Juan é visto deixando o porto de Buenos Aires (Foto: Armada Argentina/Handout via Reuters)

O porta-voz da Marinha da Argentina, Enrique Balbi, disse na noite desta segunda-feira (20) que o ruído detectado na zona de busca do submarino ARA San Juan não é da embarcação desaparecida. " O ruído constante não corresponde a um submarino", declarou.

O ruído havia sido registrado por dois navios argentinos e bóias especiais lançadas por um avião americano. Gravado, foi analisado por especialistas em terra. Balbi já havia alertado antes mesmo de sair o resultado que não queria alimentar "falsas expectativas" a respeito da possibilidade de o barulho ser proveniente do ARA San Juan.

Chamadas de satélite
Mais cedo, a Marinha argentina detalhou que as sete chamadas de satélite detectadas no último sábado (18), não foram feitas pelo submarino, como se acreditava inicialmente.

O ARA San Juan manteve contato com a base pela última vez na manhã de quarta-feira (15), quando estava no sul do Mar Argentino, a 432 quilômetros da costa patagônica do país.

Gabriel Galeazzi, um comandante naval, disse aos repórteres que o submarino veio à tona e comunicou um problema elétrico antes de sumir. "O submarino emergiu e relatou um mau funcionamento, e é por isso que seu comando terrestre ordenou que ele voltasse à sua base naval em Mar del Plata", afirmou.

Galeazzi disse que é normal submarinos sofrerem com o mau funcionamento dos sistemas. "Um navio de guerra tem muitos sistemas auxiliares, para que se passe de um para outro quando há uma pane", explicou.

Tempo ruim
As condições meteorológicas adversas - com vento forte, temporais e ondas de até 6 metros de altura - na região de buscas dificultam uma eventual localização visual do submarino.

Treze embarcações e dez aeronaves trabalham nas buscas, que se estendem desde sexta-feira (17) e contam com ajuda internacional.

Na América do Sul, os governos do Brasil, Chile, Uruguai e Peru ofereceram assistência. O Reino Unido ofereceu suporte logístico. A África do Sul também ofereceu apoio.


g1.globo.com