Publicado em 29/03/2018

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PF prende amigo de Temer, ex-ministro da Agricultura e sócio da Rodrimar

As ordens de custódia são do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal no âmbito do inquérito que apura o Decreto dos Portos.


O advogado José Yunes e o presidente Michel Temer (Foto: Z. FRAISSAT - FOLHAPRESS)


Além do advogado e empresário José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer, a Polícia Federal também prendeu nesta quinta-feira, 29, um dos donos da empresa Rodrimar, Antonio Celso Grecco, que foi detido no interior de São Paulo. Também foi preso Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura.


A ordem de prisão de Yunes é temporária (cinco dias).


As ordens de custódia são do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal no âmbito do inquérito que apura o Decreto dos Portos. O presidente Michel Temer é um dos alvos da investigação e está sob suspeita de beneficiar a empresa Rodrimar na edição do decreto voltado ao setor portuário. A PF também vasculha a sede da Rodrimar, em Santos.


José Yunes é amigo de Temer há mais de 50 anos. O empresário foi assessor do emedebista na Presidência – e pediu demissão do cargo após a revelação do conteúdo da delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho.


O empresário também foi citado na delação do doleiro Lúcio Funaro, que afirmou que José Yunes era um dos operadores de Michel Temer.


A Polícia Federal informou que por determinação do STF “não se manifestará a respeito das diligências realizadas na presente data”.


Defesas

O advogado José Luis Oliveira Lima, que defende Yunes, divulgou nota para comentar a prisão do seu cliente. “É inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimidado ou mesmo espontaneamente compareceu à todos os atos para colaborar. Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania”, escreveu.


A reportagem fez contato com a defesa de Antonio Celso Grecco, mas não obteve resposta.

Estadao.com.br