Publicado em 21/11/2018

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Reunião do Escola sem Partido é novamente suspensa em comissão mista

Colegiado tenta, há meses, votar projeto que impõe regras aos professores sobre o que pode ser ensinado em sala de aula. Reunião foi convocada para leitura do parecer do relator.


Comissão especial da Câmara discute projeto de lei Escola sem Partido - Marcelo Camargo/Agência Brasil


Sob clima tenso, a comissão especial da Câmara dos Deputados realizou nesta terça-feira (20) uma nova reunião para tentar analisar o projeto conhecido como Escola Sem Partido. Novamente, houve bate-boca entre deputados favoráveis e contrários ao texto.


Assim como na semana passada, a reunião foi convocada para leitura do parecer do substitutivo do relator, deputado Flavinho (PSC-SP). Na ocasião, a reunião também foi suspensa e marcada por tumulto entre manifestantes e discussão entre parlamentares. O projeto é considerado uma das principais bandeiras para a educação do presidente eleito Jair Bolsonaro.


Por tramitar em caráter conclusivo, caso seja aprovado na comissão e não haja pedido para que o projeto seja analisado em plenário, o Escola sem Partido poderá seguir diretamente para o Senado Federal. No entanto, partidos da oposição já estudam a apresentação de recursos para que o projeto seja analisado pelo plenário da Câmara. 


Projetos de lei com conteúdos semelhantes ao do Escola sem Partido tramitam tanto na Câmara quanto no Senado. A proposta é incluir entre os princípios do ensino o respeito às convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis, dando precedência aos valores de ordem familiar sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa.


O projeto estabelece que as escolas tenham cartazes com os deveres do professor, entre os quais está a proibição de usar sua posição para cooptar alunos para qualquer corrente política, ideológica ou partidária. Além disso, o professor não poderá incitar os alunos a participar de manifestações e deverá indicar as principais teorias sobre questões políticas, socioculturais e econômicas.

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Heloisa Cristaldo